sexta-feira, 25 de dezembro de 2009
segunda-feira, 21 de dezembro de 2009
Silêncio e braços
“palavras como violência quebram o silêncio, vêm e destroem o meu pequeno mundo, Penoso para mim perfura-me, tu não consegues entender, oh minha pequenina, tudo o que eu sempre quis, tudo o que eu sempre precisei, está aqui nos meus braços, palavras são bem desnecessárias, elas só poderão magoar, promessas são feitas, para serem quebradas, emoções são intensas, palavras são insignificantes, os prazeres ficam, e a dor também, palavras são sem sentido, e são esquecíveis, tudo o que eu sempre quis, tudo o que eu sempre precisei, está aqui nos meus braços.”
Enquanto ouvia a música no Pavilhão, e olhava para aquele tipo de cinquenta anos fazer uma incrível performance no palco, pensava: “Deve ser tão bom sentir aquilo. Tão bom. Eu sou feliz quando tenho as miúdas nos meus braços. Muito feliz. Adoro quando chego e vejo a “pipoca” vir ter comigo à garagem com os braços abertos – “mãe, adoro-te e tive saudades tuas” – ou quando a “mermaid” olha para mim com aquele ar seríssimo (que só ela sabe fazer), abraça-me e diz “não te preocupes, vai correr tudo bem. Nós estamos aqui para te ajudar.” São momentos de pura magia. Adoro o silêncio que ouço nos braços delas. Delicioso. No entanto, não é desse tipo de abraço que o Gahan está a falar. De todo. E esse, não tenho. Por isso, não me manifesto. Vou ficar aqui, teimosa, e não vou me mexer. Disse.”
Mas … e se existirem uns quaisquer braços? Algures. E os meus braços… com alguém?... outra vez. As palavras de Gahan ...até podem fazer sentido. Todo. Pode haver tanto para dizer, mas deve existir ainda mais para ouvir …no silêncio.
domingo, 29 de novembro de 2009
segunda-feira, 23 de novembro de 2009
a surpresa
quarta-feira, 18 de novembro de 2009
À espera da bonança...
And that is all okay
Tempestade
Henrique Pousão
domingo, 25 de outubro de 2009
duas coisas tão distintas como “meu amor” e “meu amor”
por: Cristina Henriques
quinta-feira, 22 de outubro de 2009
Quarto 909
quarta-feira, 21 de outubro de 2009
Hoje choveu.
A Popcorn na casa Batlló
foto: Cristina Henriques
quinta-feira, 15 de outubro de 2009
No mar (poema)
Uma mulher se ergue no espaço,
Abraça a cal do tempo. Ama só.
E murmura à espera do encanto.
Líquida como a água,
Arcaica como o sonho.
De sangue e carvão verte as veias,
Chora a desventura, ri do que vem.
“- O mar sou eu”. Remota feito sonho,
Mira o rosto ao firmamento; nada vê...
Nas agruras da chuva que não vem,
No inconstante das ondas caudalosas.
Sem reposta ou esperança
Dissolve a vista que erra a esmo,
Abre o peito, resiste à dor.
Pra um dia se encontrar e morrer,
De uma vez ir e se perder,
Na promessa de um mar sem termo.
por: Leandro M. de Oliveira (Lee)
**A você Cris, mais uma vez minha amizade e meu zêlo. Que o mar se abra pra que possamos fazer a travessia derradeira.
quarta-feira, 14 de outubro de 2009
terça-feira, 13 de outubro de 2009
Para todos
por: Cristina Henriques
quarta-feira, 7 de outubro de 2009
Room 527 (Parte I)
1…2…3…(pausa) Espera. Espera, deixa-me respirar. Não é fácil. Não penses que é fácil. (pausa). Ok…agora… Sim, pode ser. 1,2,3: o dia, a casa, o mundo, as horas, o duche, a toalha, o vestido, os sapatos, as horas. (pausa) o telefone, a garagem, o carro, a estrada, a velocidade, as horas, a estrada, a musica… a musica… não me lembro da música. Como não me lembro da musica? Espera, espera… lembro-me… lembro-me. Escolhi alguma coisa que me levou até um lugar seguro… Agora lembro-me bem. De volta à estrada, a velocidade, o medo, as horas ….(pausa) a mensagem… (pausa). (respira, respira, respira, res…) a reposta. Agora, a resposta à resposta…O carro, a velocidade, os semáforos, o estacionamento subterrâneo… a porta do carro aberta… (pausa) o elevador. O elevador… o reflexo do vestido no espelho… os sapatos… estes sapatos fazem-me lembrar o movimento Arte Nova…muito… Klimt. Klimt… O corredor e a macia carpete debaixo dos meus sapatos… sapatos e passos… a passada pelo corredor…. A porta…o número…o toque suave e a medo… (pausa).a parede, o roupão, a mala, o beijo ,os sentidos…todos. (pausa) a tua mão na minha cintura, nas nádegas, (pausa) em todo o lado…o prazer de estar finalmente ali e ser enfim tua.
Room on fire
The Strokes
quinta-feira, 1 de outubro de 2009
terça-feira, 29 de setembro de 2009
Secretaria Judicial
J.Pollock
domingo, 27 de setembro de 2009
sexta-feira, 25 de setembro de 2009
domingo, 20 de setembro de 2009
sexta-feira, 18 de setembro de 2009
quinta-feira, 17 de setembro de 2009
Poesia
E quero parar como o servo colado ao chão.
Frágil cerâmica de poros soprados no teu hálito
Vasilha que ergues em tua mão de oleiro
Cálice que não pudeste afastar de ti.
Daniel Faria, poesia
Carta a Nicholas Murray
Na altura, como resposta pensei em Michael Nyman, mas… a musica de Nyman tem um registo para mim muito particular. Se te tivesse respondido com Nyman, hoje não te estava a escrever… foi melhor ter optado por Elizabeth Fraser…
Frida Kahlo fotografada em Nova Iorque por Nicholas Murray
quarta-feira, 16 de setembro de 2009
A Teresa, o apartamento e os Tindersticks
Fica bem
Cristina
foto: Cristina Henriques
terça-feira, 15 de setembro de 2009
Cocteau twins no Planalto das Cesaredas
foto: Cristina Henriques
nós estamos a mexer com os limites...
Maybe I've forgotten the name and the address of everyone I've ever known It's nothing I regret. Save it for another day, It's the school exam and the kids have run away. I would like a place I could call my own, Have a conversation on the telephone, Wake up every day that would be a start, I would not complain of my wounded heart, I was upset you see, Almost all the time, You used to be a stranger, Now you are mine. I wouldn't even trust you. I've not got much to give. We're dealing in the limits. And we don't know who with. You may think that I'm out of hand. That I'm naive, I'll understand. On this occasion, it's not true, look at me, I'm not you. I would like a place I could call my own, Have a conversation on the telephone, Wake up every day that would be a start, I would not complain of my wounded heart. I was a short fuse, burning all the time, You were a complete stranger, Now you are mine. I would like a place I could call my own, Have a conversation on the telephone, Wake up every day that would be a start, I would not complain about my wounded heart. Just wait till tomorrow,I guess that's what they all say, Just before they fall apart…*
Há coisas que teimam em ser intemporais.
Cristina
*Regret, New Order
Voar
De repente já não estou aqui. Senti que me levas-te. (meu amor). Estou a bordo de uma aeronave, rumo a uma distante cidade algures num outro continente. Estou dentro de ti, alguém que me ama. Sei que não devia estar. Sei que estou a mais. Tenho de voltar para casa. É urgente. Não consigo. É esta minha vontade (ou será a tua?). A tua vontade leva-me. (meu amor). Por momentos estou mesmo contigo, levas-me no pensamento. Levas tanto de mim que quase me arrancas a carne dos ossos. (meu amor). Voltei a chorar com saudades tuas. Eu não te devia amar assim. Amar assim é errado. Este amor é errado. José Luís Peixoto repete 240 vezes “quero morrer”, eu repito “amo-te”. Sinto que estás dentro de mim. Sinto que te entranhas-te na minha pele, na minha carne… (meu amor). Amo-te mil vezes. Sempre. O avião. Dez mil metros de altitude. Lá fora a temperatura é aterrorizadora, mas aqui estou viva e afortunada. (meu amor). Não estou aqui.
Violeta
Singularidades da Papoa
foto: Cristina Henriques
Bíblias de Neons
Sempre o mesmo. As faces depressivas são sempre delicadas. Conheço-as tão bem. Sinto-as vir ainda ao longe. Sei que são sempre dolorosas, mas não as posso evitar. Instalam-se e o resto é “mais do mesmo”. Não há nada mais estúpido e paradoxal que isto. Sou feliz, mas… deprimida. Não me dói nada, apenas a alma. Uma dor tão absurda que quase mata. Eu sei que é apenas uma substancia que falta no meu delicado “rapaz cinzento”. Uma espécie de defeito de fabrico do meu cérebro, mas a verdade é que muitas vezes me incomoda. Preferia não entender nada disto, porque o pior é ter a percepção de tudo e de não conseguir controlar. O passo seguinte é sempre o da auto-medicação.
Ponto dois – A Terapêutica
Duas horas. Duas horas numa suite de hotel. Sozinha. Shhhhhhhhhhhhhhhhhhhh... Sozinha sim. Precisava de uma desintoxicação. Imperativamente. Shhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh…. Eu sei. Eu sei que sou perigosa sozinha. Eu sei disso, mas por vezes tenho mesmo de ficar. Preciso prender-me a mim mesma e enfrentar-me. O que nem sempre resulta, mas se não olhar para dentro não me posso ajudar. Shhhhhhhh… é sempre o mesmo. Trouxe ajuda: Som, Palavras e o Sol também por cá apareceu. Já não era capaz de ouvir, nem de ler nada do que me andava a rodear. Era urgente o isolamento, o sair do círculo e o respirar. Às vezes a melancolia vai embora assim.
Ponto três – No cars go
2006, Arcade Fire. Eu sei que já passaram três anos, mas há coisas que são mesmo intemporais. Precisava de ouvir, de chorar (pensava que já nem sabia chorar), de sentir, de me sentir. As coisas são mesmo assim. Há sítios onde os carros não vão mesmo. Não vão! Tenho de ser eu. O espelho negro e o seu terrível reflexo, não permito que me iniba. Não posso permitir. Definitivamente. Há um biquíni no fundo da mala e lá fora está uma pipoca e uma sereia à minha espera.
Ponto quatro – “Deixa o carro a trabalhar…”
(imagem: Neon Bible,c Arcade Fire)
terça-feira, 8 de setembro de 2009
Teoria das cores
O problema do artista era que, obrigado a interromper o quadro onde estava a chegar o vermelho do peixe, não sabia que fazer da cor preta que ele agora lhe ensinava. Os elementos do problema constituíam-se na observação dos factos e punham-se por esta ordem: peixe, vermelho, pintor - sendo o vermelho o nexo entre o peixe e o quadro através do pintor. O preto formava a insídia do real e abria um abismo na primitiva fidelidade do pintor.
Ao meditar sobre as razões da mudança exactamente quando assentava na sua fidelidade, o pintor supôs que o peixe, efectuando um número de mágica, mostrava que existia apenas uma lei abrangendo tanto o mundo das coisas como o da imaginação. Era a lei da metamorfose.
Compreendida esta espécie de fidelidade, o artista pintou um peixe amarelo.
Os Passos em Volta
Yellow Moonbird
Joan Miró
quarta-feira, 2 de setembro de 2009
Eu volto... eu volto sempre.
terça-feira, 18 de agosto de 2009
Happy Birthday Mermaid
Dez anos. São dez anos meu amor. Dez anos a saber, a sentir o que é ser mãe. Obrigada meu amor. Não é fácil ser mãe, mas é muito mais difícil ser filha. Sei que existem momento árduos entre nós, onde muitas vezes reconheço que sou demasiado exigente e austera contigo, minha pequenina e doce sereia. Dez anos meu amor. Olho para uma parafernália de fotos tuas e vejo que te estás a tornar num fruto lindíssimo, que muitas vezes me inquieta com a sua serenidade e compreensão. Dez anos meu amor. Contigo aprendi muito, tudo o que as academias não são passíveis de nos ensinar. Contigo aprendi que a vida tem um sabor diferente depois de sermos mães. Dez anos meu amor. Muitas vezes te ouço dizer que tens orgulho em ser minha filha, mas na verdade, sou eu que me orgulho de ser tua mãe. Obrigada meu amor, minha pequenina sereia.
foto: Cristina Henriques
sexta-feira, 7 de agosto de 2009
PER ASPERA AD ASTRA
O tempo
por: Cristina Henriques
terça-feira, 4 de agosto de 2009
desvairada
Nude over Vitebsk
Marc Chagall
Triste
Mensagem a Alex
Finalmente!!!!!
Já não sabia o que pensar da tua ausência… mas enfim a resposta chegou. Não era a resposta que queria ouvir com certeza, mas nem sempre ouvimos o que gostamos e queremos. Há alturas em que lamento que me vejas dessa maneira, como uma espécie de predadora, mas eu entendo-te.
Beijo
Aurora
foto: Cristina Henriques
segunda-feira, 20 de julho de 2009
Querido Alex
Nickolas Muray
Nick,
Amo-te como a um anjo.
És um lírio do vale meu amor.
Nunca te esquecerei, nunca, nunca.
És a minha vida inteira.
Espero que disso nunca te esqueças.
Frida
Frida Kahlo fotografada por Nickolas Muray
Nota: Nickolas Muray (Hungria, 1892 - Estados Unidos, 1965), fotógrafo, crítico de dança, aviador, campeão de esgrima, foi apresentado a Frida, no México, por Rosa Rolando e Miguel Covarrubias. A relação amorosa entre ambos tornou-se mais profunda quando Frida chegou a Nova Iorque para apresentar a sua primeira exposição individual em 1938.
sexta-feira, 17 de julho de 2009
O Sonho
comovidos e mudos.
Chegamos? Não chegamos?
Haja ou não haja frutos,
pelo Sonho é que vamos.
Basta a fé no que temos.
Basta a esperança naquilo
que talvez não teremos.
Basta que a alma demos,
com a mesma alegria,
ao que desconhecemos
e ao que é do dia-a-dia.
Chegamos? Não chegamos?
-Partimos. Vamos. Somos.
Sebastião da Gama
foto: Cristina Henriques
quinta-feira, 16 de julho de 2009
terça-feira, 7 de julho de 2009
Em que outra humanidade se aprendeu
A palavra que ordene a confusão
Que neste remoinho se teceu?
Que murmúrio de vento, que dourados
Cantos de ave pousada em altos ramos
Dirão, em som, as coisas que, calados,
No silêncio dos olhos confessamos?
José Saramago
segunda-feira, 6 de julho de 2009
O planalto v/s Nova Iorque
Aurora
foto: Cristina Henriques
domingo, 5 de julho de 2009
Com amor
Aurora
La Columna Rota
Frida Kahlo
sexta-feira, 26 de junho de 2009
sempre o abismo
foto: Cristina Henriques
Diz-me o teu nome, pergunta-me o meu
Foi para isso que te trouxe aqui: para te foder.
Gastar palavras
Paulo Kellerman
Blue Nude
Picasso
Trilhos
segunda-feira, 8 de junho de 2009
O PESO E A LEVEZA
O mito do eterno retorno diz-nos, pela negativa, que esta vida, que há-de desaparecer de uma vez por todas para nunca mais voltar, é semelhante a uma sombra, é desprovida de peso, que, de hoje em diante e para todo o sempre, se encontra morta e que, por muito atroz, por muito bela, por muito esplêndida que seja, essa beleza, esse horror, esse esplendor não tem qualquer sentido.
(…)
Se cada segundo da nossa vida tiver de se repetir um número infinito de vezes, ficamos pregados à eternidade como Jesus Cristo à cruz. Que ideia atroz! No mundo do eterno retorno, todos os gestos têm o peso de uma insustentável responsabilidade. Era o que fazia Nietzche dizer que a ideia do eterno retorno é o fardo mais pesado (…).
Se o eterno retorno é o fardo mais pesado, então, sobre tal pano de fundo, as nossas vidas podem recortar-se de toda a sua esplêndida leveza.
Mas, na verdade, será o peso atroz e a leveza bela?
O fardo mais pesado esmaga-nos, verga-nos, comprime-nos contra o solo. Mas, na poesia amorosa de todos os séculos, a mulher sempre desejou receber o fardo do corpo masculino. Portanto, o fardo mais pesado é também, ao mesmo tempo, a imagem do momento mais intenso de realização de uma vida. Quanto mais pesado for o fardo, mais próxima da terra se encontra a nossa vida e mais real e verdadeira é.
Em contrapartida, a ausência total de fardo faz com que o ser humano se torne mais leve do que o ar, fá-lo voar, afastar-se da terra, do ser terrestre, torna-o semi-real e os seus movimentos tão livres quanto insignificantes.
Que escolher, então? O peso ou a leveza?
In: A Insustentável Leveza do Ser
Milan Kundera
BAD NEWS
Aurora
foto: Cristina Henriques
terça-feira, 2 de junho de 2009
Morreste outra vez
Sei que gostarias de ter feito amor comigo, de te aliviar em mim; mas venceu-te a preguiça ou o cansaço ou o tédio; deixaste-te adormecer, enquanto eu ia adiando (…). Adiando, que é a minha forma de viver.
Apago a luz da casa de banho, fecho a porta para que não me persiga o cheiro das tuas botas, das tuas peúgas, dos teus pés, da tua carne. E vejo-te assim: tão estático e imóvel e hirto e imperturbável que só podes estar morto. Aproximo-me devagar, não sou capaz de te tocar. Não quero tocar-te. Sento-me na ponta da nossa cama, perto de ti; se quisesses, se pudesses, esticarias a mão, tocar-me-ias na perna, tentarias excitar-me, (…); mas não te moves. E eu concentro-me no esforço de não te olhar, de te esquecer. Tento distrair-me.
Gastar palavras
Paulo Kellerman
foto por: Cristina Henriques
segunda-feira, 1 de junho de 2009
Lobos
Mas quem é afinal esta gaiata que teimosamente desobedece a todas as advertências e entra pela perigosa floresta dentro?
Foi preciso chegar à idade adulta, e uma acidental visita à Biblioteca, para entender o verdadeiro sentido da história. Agora já percebi tudo. Repito, tudo. Basta ler este pequeno excerto que aqui deixo transcrito.
Aurora
Disse o lobo enquanto se vestia
Com as roupas que por ali havia.
Saia de seda, botas de verniz,
Chapéu de veludo foi o que quis.
Escovou o pelo, as garras pintou,
Bem disfarçado assim se sentou.
Um pouco depois, em passo apressado,
A moça chegou, toda de encarnado.
“Ó minha avozinha, quero saber,
As tuas orelhas estão a crescer?”
“Sim, minha neta, para melhor te ouvir.”
“Que grandes olhos tens, querida avó”,
Disse a menina cheia de dó.
“São para melhor te ver”, disse o lobo
E pôs-se a pensar: “ Não sou nenhum bobo,
Esta bela menina vou papar,
Que bom petisco para o meu jantar.
Vai saber-me que nem um pão-de-ló,
Não é velha nem dura como a avó.”
“Mas avozinha”, disse a menina,
Tens um casaco de pele tão fina.”
“Não”, disse o lobo, “Deves perguntar
por que são meus dentes de espantar.
Bem, digas tu o que disseres
Como-te sem prato nem talheres.”
A menina sorriu. Da camisola
Sacou de imediato uma pistola
E com uma certeira pontaria
Pum, pum, pum, aquele lobo morria.
Passaram os dias, passou um mês,
Vi a menina no bosque outra vez,
Mas sem o capuz, sem capa encarnada,
Toda diferente, toda mudada.
Sorrindo me explicou: Daquele bobo
Fiz este casaco de pele de lobo”.
(A menina do Capuchinho Vermelho e o lobo)
domingo, 31 de maio de 2009
A resposta correcta era "Morangos"...
Strawberry Fields forever
Let me take you down,
'Cos I'm going to Strawberry Fields.
Nothing is real
And nothing to get hungabout.
Strawberry Fields forever.
Living is easy with eyes closed
Misunderstanding all you see. ´
It's getting hard to be someone.
But it all works out,
It doesn't matter much to me.
Let me take you down,
'Cos I'm going to Strawberry Fields.
Nothing is real
And nothing to get hungabout.
Strawberry Fields forever.
No one I think is in my tree,
I mean it must be high or low.
That is you can't you know tune in.
But it's all right.
That is I think it's not too bad.
Let me take you down,
'Cos I'm going to Strawberry Fields.
Nothing is real
And nothing to get hungabout.
Strawberry Fields forever.
Always, no sometimes, I think it's me,
But you know I know when it's a dream.
I think 'er, no' I mean 'er yes'.
But it's all wrong.
That is I think I disagree.
Let me take you down,
'Cos I'm going to Strawberry Fields.
Nothing is real
And nothing to get hungabout.
Strawberry Fields forever.
Strawberry Fields forever.
(The Beatles)
sábado, 30 de maio de 2009
Feliz na fuga
sexta-feira, 29 de maio de 2009
Querido Alex
Não sei o que te dizer. Sei que te magoei, não o devia ter feito. Não sei porque o fiz, devo ter um lado oculto dentro de mim que teima em magoar os que mais me amam. Outrora devo ter feito uma parceria com Sade.
Sei que estives-te sempre a meu lado, querido Alex. Por isso, deixo-te aqui as minhas mais sinceras desculpas de algo que é indesculpável.
A Cristina é que tem razão, está sempre a dizer que não entende como ainda me toleras.... querido Alex
Um beijo
Aurora
The Grid
Pedro Cabrita Reis
quinta-feira, 28 de maio de 2009
Demasiado tempo
Pedro Paixão