Eu continuo sem perceber porque te permito isto. Não entendo. Entras sem qualquer contrariedade e instalas-te. Teimo em deixar que me agridas, para que assim, me possa sentir ferida. Como se as feridas me fizessem estar mais perto de ti…Sinto o modo como chegas, como preparas a lança, como me rasgas a carne… até sentires os meus ossos. Sinto a dor. Sinto cada pedaço dessa dor atroz. Agonio no chão, mas não te mando embora. Não entendo. Como te disse, só um ser superior e omnisciente saberá porque te quero aqui. Não me incomoda o modo violento como estás comigo, importa-me a tua presença. Quero-te aqui agora, neste momento. Mas... há sempre um fim para tudo. Para tudo. Um dia, eu não vou estar mais à tua espera. Um dia chegas e eu não te permito mais a agressão. Nesse mesmo dia, serás tu a sentir o poder da lança na tua pele.
Com amor
Aurora
La Columna Rota
Frida Kahlo
voltou a passar o filme de Frida Kahlo a semana passada eu vi de novo, uma mulher extraordinária.
ResponderEliminarquanto ao texto eu sei o que isso é.