Querida Cristina
Fiquei feliz com a tua carta. Nada como as tuas palavras para me aquecerem a alma.
Como já sabes estou melhor. Não era sequer necessário a Violeta dizer-to, tu sentes quando estou bem. A Violeta diz que temos uma relação tão singular que um dia ainda escreve um livro sobre nós. Seria uma espécie de “best seller” de vão de escada.
Com tudo isto tenho sentido saudades tuas, do teu bom senso. Na carta referiste que estás um pouco inquieta. Entendo. Eu também fico desassossegada comigo mesma. Às vezes parece-me que nem o céu é o limite. Não tenho receio de nada, de ninguém. É como se no meu mundo não houvesse dor. Ainda ontem sai, o dia estava bonito e o sol convidou-me para passear. Dei comigo a vaguear por sítios estranhos, que tão bem conheces. Sítios e momentos frenéticos. Não me esqueço que foi num desses momentos que te arrastei para a angústia. Senti a tua mão e voltei para casa. Obrigada. Voltei para onde me amam e onde eu teimo em não deixar que me amem.
Não deixa de ser engraçado, foi a ti que te magoei, mas és sempre tu que me salvas. És sempre tu que me tocas com a tua mão e me indicas o caminho de volta.
Dizes que estás melhor, e eu sei que estás, mas ainda falta muito para voltares a ser a Cristina que eu conhecia. Aliás, quando recuperares estarás mais forte que nunca. Essa é a tua natureza, sempre foi.
Bom, termino com um beijo doce e um abraço forte.
Aurora Xavier
Post Scriptum: Começa a pensar em qualquer coisa para fazermos juntas. A Violeta diz que também quer vir connosco. Sabes como ela nos equilibra e se diverte connosco.
Fiquei feliz com a tua carta. Nada como as tuas palavras para me aquecerem a alma.
Como já sabes estou melhor. Não era sequer necessário a Violeta dizer-to, tu sentes quando estou bem. A Violeta diz que temos uma relação tão singular que um dia ainda escreve um livro sobre nós. Seria uma espécie de “best seller” de vão de escada.
Com tudo isto tenho sentido saudades tuas, do teu bom senso. Na carta referiste que estás um pouco inquieta. Entendo. Eu também fico desassossegada comigo mesma. Às vezes parece-me que nem o céu é o limite. Não tenho receio de nada, de ninguém. É como se no meu mundo não houvesse dor. Ainda ontem sai, o dia estava bonito e o sol convidou-me para passear. Dei comigo a vaguear por sítios estranhos, que tão bem conheces. Sítios e momentos frenéticos. Não me esqueço que foi num desses momentos que te arrastei para a angústia. Senti a tua mão e voltei para casa. Obrigada. Voltei para onde me amam e onde eu teimo em não deixar que me amem.
Não deixa de ser engraçado, foi a ti que te magoei, mas és sempre tu que me salvas. És sempre tu que me tocas com a tua mão e me indicas o caminho de volta.
Dizes que estás melhor, e eu sei que estás, mas ainda falta muito para voltares a ser a Cristina que eu conhecia. Aliás, quando recuperares estarás mais forte que nunca. Essa é a tua natureza, sempre foi.
Bom, termino com um beijo doce e um abraço forte.
Aurora Xavier
Post Scriptum: Começa a pensar em qualquer coisa para fazermos juntas. A Violeta diz que também quer vir connosco. Sabes como ela nos equilibra e se diverte connosco.