sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Paralelismo ou marginalismo?

Viver os dois lados, será mesmo viver o paralelismo? Pa-ra-le-lis-mo. Paralelismo. Este conceito remete-nos, inevitavelmente, para as nossas longínquas aulas de Educação Visual, nas quais falavam das eternas rectas paralelas e do imortal exemplo da linha do comboio, onde a distância entre os carris é sempre a mesma. Logo, tudo o que é paralelo, nunca se encontra. Têm uma forte relação, mas nunca se encontram. De volta ao início: podemos viver duas realidades, podemos viver ambos os lados, mas a intensidade com que se vive não é constante. Por vezes, os lados estão mais próximos. Então o exemplo dos carris tombou. Não nos serve. Um rio, talvez… Uma realidade em cada um dos lados. Por vezes o leito é estreito, um ribeiro, quase pulamos de uma margem para a outra. Mas, logo a seguir um Nilo. Ah! O Nilo tem um leito enorme. Se estamos nesta margem, não alcançamos a outra, nem com o olhar. Assim, chego a um outro termo, o “marginalismo”. Vivemos. Vivemos muito… mas à margem e na margem.

Cristina

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