quinta-feira, 25 de março de 2010

recado

Querida Cristina
Vou tentar ficar uns dias pelo Planalto. Aparece.
Beijos Grande
Violeta


por: Cristina Henriques

sexta-feira, 19 de março de 2010

O que vai acontecer

( ...)

Se os habitantes dos subúrbios odeiam
a cidade. Se uns naufragam, outros deliram.
Há os que trepam pelas ginjeiras
em flor. Mas nem a desolação de um

orfanato poderá violar este frio
veremelho que cheira a pêssego; dos
males do mundo manda seriedade e bom
senso, que a haver desfecho, seja feliz.

José Alberto Oliveira (1952)

O que vai acontecer?


por: Cristina Henriques
A tristeza às vezes é
Uma alegria que nasce
Sob o acaso de um disfarce.
E é isso que a vida é.

Fernando Pessoa

Um terreno novo

por: Cristina Henriques

Soft sheets
What’s this about?
Inside your mahogany cyprus
As long as we’re me and you
We should not lose terrain
Wild and young, we got seasick
On your seven
Get off cheap
That sits with her
And the warmth of it splatters
We all can wring her neck
First we gain new terrain
When we’re young, we get seasick
On your seven
We’re upset, real tush
Ooh, why I sneeze like no-one
Like most, you snip soft sheets
What’s this about?
Inside your mahogany cyprus
As long as we’re me and you
We should not lose terrain
Wild and young, we got seasick
On your seven soft sheets


Mew


“New Terrain”

Eu irei fazer 100 coisas para não me lembrar, mas vou viver 100 anos e nunca esquecerei.


por: Cristina Henriques

O horrível 97

por: Cristina Henriques

Pensei em ti Violeta, pensei em tudo o que temos vivido. Pensei na Aurora. Onde anda a Aurora? Pensei em ti Vi. Queria-te por perto. Degrau a degrau, gelada… até ao patíbulo.




Cristina

Abraça-me

por: Cristina Henriques

A vertigem do inesperado

Não queria acreditar. Não. Não. Não. Não podia ser. Não. Ali não. Hoje não. As imagens da rua, daquela deprimente realidade passavam por mim, pela minha total impotência, como uma acelerada vertigem. Os movimentos do meu corpo: mecânicos. “-Não penses. Não penses. Não penses. Shhhh. Não. Não. Não penses. Não penses.” Teria parado o tempo. Teria voltado para trás, mas não consegui. A dada altura tentei pensar numa cor, em algo que me faz feliz. Tinha acabado de mergulhar num mar de imagens e cores que me repugnam e não conseguia respirar. Debati-me por uma cor, por um pensamento são, pois só assim conseguiria respirar. Consegui. Era pouco o oxigénio, mas o suficiente para não morrer ali mesmo. Agora que olho para trás julgo que não terá sido oxigénio a deixar-me respirar, mas sim a indomável vontade de partir numa jornada doce que não foi planeada para ter retorno. Uma jornada que nasceu do acaso e passa pelo sentimento mais celeste que existe. Mas ali não. Não. Não.

Cristina

domingo, 7 de março de 2010

Paris


por: Cristina Henriques

Querido Alex

Passei hoje pelo Quartier Latin e, claro, lembrei-me de ti. Imaginei-te por perto, a passear pelo frio que se fez sentir e a viver a magia daquela cidade. A Cristina também veio comigo, mas como sempre anda mergulhada nas convicções dela que apenas incertezas lhe trazem. Deixa Alex, um dia ela acorda…já não falta muito para a Primavera. Acredita em mim.


Violeta

quinta-feira, 4 de março de 2010

Violeta e Carmim

por: Cristina Henriques

Parabéns Lee!


Colorido!

Por: Cristina Henriques
A palavra era "colorido". Obrigada Mar.
Violeta

segunda-feira, 1 de março de 2010

ashtray heart

Por: Cristina Henriques

Por aqui impera há dias a imagem das raparigas cinzeiro. (“-Cenicero…”) Cinzeiro, simultâneos depósitos de dor (É pá! Alguém cala esse fulano?...) e prazer. Como podem ter prazer na dor que as queimaduras lhes provocam. (“-Cenicero…”) Como suportam o rasgar (Outra vez?) dos músculos do peito? Como podem gritar de agrado? Como pode alguém transportar um peito… um coração… um cinzeiro? (“-mi corazón de cenicero”) Às vezes (Calem-no!!!) tenho a resposta, confesso. Silvano, um amigo meu, perguntou-me se andava a desenhar, neguei. Menti-lhe. Desenhei, mas a paleta utilizada era atroz, por isso menti. Negros, roxos, castanhos, cores rosadas de carne viva pronta a ser queimada… pareciam saídos do mundo de Francis Bacon… Silvano acabou por me enviar uma peça clássica para me colorir um pouco, mas eu ando às voltas com a metáfora do cinzeiro … e isso não é bom. Penso. Quantas vezes vimos a nossa carne (“-Cenicero…”) queimada? (Voltou outra vez…) Os nossos músculos trespassados? Quantas vezes já gritámos de dor? Quantas (“-Cenicero…”) vezes nos deitamos (Vou desistir, ele que fale, que cante…“-mi corazón de cenicero”) em camas frescas e limpas e as transformamos em lençóis de sangue? Há tantas maneiras de ser cinzeiro (“-Cenicero, cenicero, mi corazón de cenicero…” )…tantas. (Deixa… ele que diga… que é um coração cinzeiro) Mais doloroso será pois um coração queimado uma quantidade de vezes, sem uma cicatriz sequer… a pele, os músculos rasgados sem uma única cesura… os lençóis brancos e frescos ainda que depois de uma bárbara tortura… Porque me deixo queimar? O que me atrai nestes episódios sinistros e violentos que depois de vividos estão em perfeita harmonia com o fascinante e o belo? Penso… “Cenicero, cenicero, mi corazón de cenicero…”

Aurora

Concurso: "Olhar Helena e Arpad"

Título: "Um olhar quente"
Tinta acrílica sobre tela, bordado ponto simples com linha preta e aplicação de botões

1º lugar do 3º ciclo
Trabalho realizado por:
Ana Gonçalves, Débora Santos, Joana Louzeiro, Patrícia Timóteo, Sara Silva e Vanessa Silva
(E.B.123 Peniche)
Parabéns às miúdas!