sábado, 31 de janeiro de 2009

A Avenida II

Avançamos na avenida. Como já o disses-te, caminho para o cadafalso. Sinto a tua mão na minha. Sinto o modo como lhe tocas, sabes que são os últimos momentos. Avançamos nesta longa avenida que hoje, inexplicavelmente, parece ser breve. Queria que um cataclismo acontecesse ali naquele momento, apenas para sentir durante mais alguns minutos o calor da tua mão. Mas nada. Nada faz parar o tempo. Nada cristaliza. Avançamos... meu amor. Sorrio. É a primeira vez que te minto. Não devia sorrir, este sorriso é uma mentira, uma estúpida farsa. Avançamos... é agora. Adeus ... meu amor.
Aurora

por: Cristina Henriques

A avenida I

Avançamos na avenida. Vamos serenos. Eu olho para ti e finjo uma tranquilidade que não sinto. Avançamos. Falas de um tema que me parece demasiado importante para estar com atenção. Olho para ti. Dissertas sobre Fisica, talvez nuclear. Sobre feitos e teorias. Olho para ti e penso que poderias ser um vendedor de água numa qualquer rua de Istambul, não importava. Eu olharia para ti e amar-te-ia da mesma forma.
Aurora


Meu Amor

Escrevo enquanto ouço a nossa música, sim aquela que me envias-te. Como é possível? É o nosso momento. Aquele encontro, aquele abraço que teima em não acabar. É o nosso amor, que um bravo compositor poderia ter ouvido e escrito numa pauta. Ouço. Estou nos teus braços. Sinto o teu calor. Os teus dedos na minha face. Perco-me no teu beijo. A música, sei o que diz, esta chama não vai desaparecer … meu amor.

Aurora
por: Cristina Henriques


Explicações

Francis Bacon disse algures: "As explicações não me parecem necessárias ... Não acredito que seja possível explicar um poema ou um quadro. Qualquer explicação me parece redutora." Do mesmo modo, não vou tentar entender este amor, porque todas as explicaçoes são demasiado estéreis para a dimensão deste sentimento.
Aurora

Aurora e Cristina

por: Cristina Henriques

Resposta a Aurora

Querida Aurora, amo.
por: Cristina Henriques (estudo)

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Querida Cristina

Minha querida sei que não estás bem, sinto-o nas tuas palavras e dentro de mim. Afinal já passei por tantas coisas e tu ... sempre a meu lado. Mesmo nas horas de maior agonia, bastava olhar em redor e rapidamente os meus olhos te alcançavam. Eras a minha força.
Cristina... minha querida Cristina. Diz-me o que te aconteceu? Fala comigo. Sabes que te adoro e nunca te vou deixar.
da tua
Aurora

Querida Aurora

Olá Aurora. Andei a arrumar uns papéis virtuais e descobri este texto. Lembrei-me logo de ti minha querida. Tenho a certeza que vais gostar.

Um beijo carinhoso
Cristina


A Felicidade está aqui!
AQUI! Dentro de nós.
Aqui. No centro de um gueto Palestiniano
Bombardeado por todo um exercito
Aqui. Frente a um Degas
Encontrado no D´Orsay
Não naqueles em que nos revemos
Não naquilo que nos rodeia
Aqui dentro.
Algures…
…procurar…
…Felicidade.


Cristina Henriques
(15 de Janeiro de 2004)

Retratar o que não pode ser retratado.

Procuro uma imagem. Uma imagem que fale sobre aquele momento.
Ora deixa cá ver… (tantos mestres) Renoir, Monet, Degas, … Não. Talvez um pintura da era modernista. Sim, de certeza que vou encontrar. Picasso, Matisse, Magrite, … Não. Não encontro.
Nada é suficientemente forte. Nada …
Klimt! Gustav Klimt trata o sentimento de um modo muito intenso. Gosto do “Beijo”. É uma imagem quente. Tem ternura, tem paz, tem silêncio, tem paixão. É acompanhado por um emaranhado de figuras que constituem a paisagem de fundo, todas elas importantes. No entanto, naquele momento, não passam disso mesmo, figuras de uma paisagem de fundo labiríntica. Não conseguem atormentar aqueles dois seres que se enlaçam. O mundo vai ruir. Mas aquele abraço vai manter-se. Sim, pode ser. Por agora, fica este quadro...

Mas não chega… parece que vivemos um momento que nem os grandes mestres conseguem expressar.


Aurora

I can fly...

I can flyBut
I want his wings
I can shine even in the darkness
But I crave the light that he brings
Revel in the songs that he sings
My angel gabriel
I can love
But I need his heart
I am strong even on my own
But from him I never want to part
Hes been there since the very start
My angel gabriel
My angel gabriel
Bless the day he came to be
Angels wings carried him to me
Heavenly
I can fly
But I want his wings
I can shine even in the darkness
But I crave the light that he brings
Revel in the songs that he sings
My angel gabriel
My angel gabriel
My angel gabriel

“Gabriel”
Lamb


Finalmente entendi o que Lou Rhodes canta em Gabriel. Percebi que posso voar, mas preciso dos teus braços. Com o teu coração, posso brilhar na mais negra das trevas. Não quero que te afastes. Sem ti serei mais frágil. Fica.

Aurora

Carta a Alex

"...quero que me escrevas, Alex... Se não tiveres nada que contar, não faz mal, manda-me o papel em branco ou escreve-me cinquenta vezes a mesma coisa. Assim, eu, pelo menos, ficarei a saber que te lembras de mim...
Bom, recebe muitos beijos e todo o meu carinho.
A tua
Frieda"
(carta de Frida Kahlo a Alejandro Arias, 22 de Dezembro de 1923)

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Angustia


O salto para o abismo



Meu amor, a espera termina num grande abraço diante dum beijo.


Aurora




"O beijo"
Oscar Dominguez

"Eu espero por ti"


"Eu espero por ti", foi essa a frase que escreves-te como resposta ao meu apelo. "Eu espero por ti". Aquelas palavras ecoaram um milhão de vezes dentro de mim ao longo do dia. "Eu espero por ti". Nunca ninguém me tinha dito que esparava por mim no limte. Ouço a voz, enumeras vezes, e sorrio. Feliz. Muito feliz. Pode ser uma felicidade fugaz, mas é com certeza uma felicidade. Quero vivê-la. Ela pertence-me. Vivo-a agora. Amanhã? Logo? O "daqui a uma hora" não me interessa, porque agora tu esperas por mim... meu amor.
Aurora
"Argenteul"
Manet

...não se explica, sente-se.





foto: Cristina Henriques

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009


Será o princípio do fim, ou apenas o fim do princípio?
foto: Cristina Henriques

O abismo agrada-me

foto: Cristina Henriques


Soube logo que te ia amar. Contigo, dirijo-me à beira da falésia, e quando lá chegar, avanço. Eu não me importo. Espera por mim meu amor . Tu és o meu abismo.

Aurora




Louis likes to fly

foto:Cristina Henriques

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Your are not alone.

foto: Cristina Henriques

O soldadinho de chumbo

"O soldado de chumbo ficou emoldurado pelas chamas. O calor era intenso, mas se vinha do lume ou do seu amor ardente ele não sabia. As suas cores brilhantes já tinham desaparecido — mas se tinham sido lavadas pela água durante a viagem ou pelo seu desgosto ninguém sabia. Olhou para a linda bailarina, e ela olhou para ele; sentiu que estava a derreter-se, mas continuou firme, de arma ao ombro. Subitamente, a porta abriu-se; uma aragem apanhou a bailarina de papel, que voo como uma sílfide direitinha à lareira e ao soldado de chumbo, que a esperava; aí se transformou numa chama e desapareceu.
O soldado também derreteu rapidamente, ficando reduzido a um montinho de chumbo; e no dia seguinte, quando a criada limpou a lareira, encontrou-o entre as cinzas — do feitio de um coraçãozinho de chumbo. E a bailarina? Dela só encontraram a lantejoula, preta como a fuligem."

Conto de Hans Christian Andersen
por: Cristina Henriques

Medo


Deixa-me envolver e sentir este medo.
foto: Cristina Henriques

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Distância

Alguém possuidor de uma mente brilhante escreveu: “A distância traz a saudade e não o esquecimento”. Não há outro qualquer pensamento que traduza o meu estado de espírito agora. No entanto, esta saudade deixa-me feliz. É uma saudade que me alimenta com todas as suas memórias.
The Lovers
René Magrite

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Carta a Alex

"...Às vezes, de noite, tenho muito medo, e gostava que estivesses ao meu lado para não me deixares ser tão medricas e para me dizeres que gostas de mim como dantes, como no último Dezembro, embora eu seja uma "coisa fácil", não sou, Alex? Tens de começar a gostar das coisas fáceis... Eu gostava de ser ainda mais fácil, uma coisinha pequena que levasses sempre no bolso, sempre, sempre... Alex, escreve-me depressa e, mesmo que não seja verdade, diz-me que me queres e que não podes viver sem mim...
A tua menina, miúda ou mulher, ou aquilo que tu quiseres.


Frieda"
(carta de Frida Kahlo a Alejandre Arias, 24 de Dezembro de 1924)

Foto: Nickolas Muray

O Gigante Egoísta

Todas as tardes, quando vinham da escola, as crianças costumavam ir brincar para o jardim do gigante.
Era um lindo jardim, com relva muito verde macia. Aqui e ali, no meio da relva surgiam bonitas flores, como estrelas, e havia doze pessegueiros que na Primavera irrompiam em delicadas flores cor-de-rosa e pérola, e no Outono davam abundantes frutos. Os pássaros poisavam nas árvores e cantavam tão suavemente que as crianças costumavam parar os seus jogos para os ouvirem. “Somos tão felizes, aqui!” gritavam uma às outras.
Um dia, o Gigante voltou. Ele tinha ido visitar o seu amigo ogre da Cornualha e tinha ficado com ele durante sete anos. Passados sete anos, já tinha dito tudo o que tinha a dizer, pois a sua conversa era limitada, e decidiu voltar para o seu próprio castelo. Quando chegou, viu as crianças a brincar no jardim.
“O que é que vocês estão aqui a fazer?” gritou ele com voz grossa, e as crianças fugiram.
“O meu jardim é o meu jardim”, disse o Gigante; “qualquer pessoa pode entender isso, e eu não permito que ninguém brinque nele a não ser eu.”
Então, construiu um muro alto a toda a volta do jardim e pôs um aviso: "QUEM ENTRAR SERÀ CASTIGADO!" Era na verdade um Gigante muito egoísta.
Agora as pobres crianças não tinham lugar para brincar. Tentaram brincar na estrada, mas estava muito suja e cheia de pedregulhos, e elas não gostavam. Costumavam vaguear à volta do muro alto quando as aulas acabavam, e falavam do lindo jardim que estava do outro lado. “ Como nós éramos felizes lá,“ diziam umas às outras.
Depois veio a Primavera, e por todos os campos se viam pequenas flores e passarinhos. Só no jardim do Gigante Egoísta é que ainda era Inverno. Os pássaros não estavam interessados em cantar lá, pois não havia crianças, e as árvores esqueciam-se de florir. Uma vez, uma linda flor espreitou para fora da relva, mas quando viu o aviso teve tanta pena das crianças que deslizou para a terra outra vez e deitou-se a dormir. Os únicos qu eestavam contentes eram a Neve e a Geada. "A Primavera esqueceu este jardim", gritavam elas, "assim podemos viver aqui durante todo o ano." A Neve cobria a relva com o seu magnífico manto branco, e a Geada pintava as árvores todas de prateado. Depois, convidaram o Vento Norte para ficar com elas, e ele veio. Vivia envolto em peles, rugia o dia inteiro pelo jardim e deitava abaixo as chaminés. "Este lugar é encantador", dizia ele, "temos de convidar o Granizo para nos visitar." E assim, o Granizo chegou. Todos os dias, durante três horas, ele ribombava no telhado do castelo até partir a maior parte das telhas, e depois corria o mais depressa que podia à volta do jardim. Andava vestido de cinzento e o seu sopro era como o gelo.
"Não percebo, porque é que a Primavera está tão atrasada", dizia o Gigante Egoísta, enquanto se sentava à janela e olhava lá para fora para o seu jardim branco e frio; "espero que o tempo mude". Mas a Primavera não chegou, nem o Verão. O Outono trouxe fruta dourada a todos os jardins, mas ao jardim do Gigante não trouxe nada. "É muito egoísta", disse ele. Assim, lá, ficou sempre Inverno, e o Vento Norte, o Granizo, a Geada e a Neve dançavam por entre as árvores em redor.
Uma manhã, o Gigante estava deitado na cama, acordado, quando ouviu uma música maravilhosa. Parecia tão suave aos seus ouvidos, que até pensou que eram os músicos do Rei que passavam. Na verdade, era apenas um pequeno pássaro que cantava na sua janela, mas tinha passado tanto tempo desde a última vez que tinha ouvido um pássaro cantar no seu jardim, que lhe parecia a música mais bonita do mundo. Então, o Granizo parou de dançar por cima da sua cabeça, e o Vento Norte parou de rugir, e um perfume delicioso chegou até ele através da janela aberta. "Acho que finalmente, chegou a Primavera", disse o Gigante; saltou da cama e olhou para fora. O que é que viu?
Viu um quadro maravilhoso. Através de um pequeno buraco no muro, as crianças tinham entrado no jardim e empoleiravam-se nos ramos das árvores. Em cada árvore que ele via, estava uma criança. E as árvores estavam tão contentes por terem as crianças de volta que se tinham coberto de flores e estavam a abanar os braços, gentilmente, por cima das cabeças das crianças. Os pássaros voavam e chilreavam alegremente, e as flores espreitavam pela relva verde e riam. Era uma visão maravilhosa; só num canto do jardim é que ainda era Inverno. Era o canto mais distante do jardim, e era lá que estava um pequeno rapazinho. Ele era tão pequeno que não conseguia chegar aos ramos da árvore, e andava à volta dela, chorando amargamente. A pobre árvore ainda estava bastante coberta de neve e o Vento Norte soprava e rugia lá em cima.
"Sobe, menino!", dizia a árvore, e baixava os seus ramos o mais que podia; mas o rapazinho era muito pequeno. E o coração do gigante enterneceu-se ao vê-lo. "Como tenho sido egoísta!" exclamou ele; "agora sei porque é que a Primavera não chegava até aqui. Vou pôr aquele rapazinho em cima da árvore, e depois vou deitar abaixo o muro, e o meu jardim vai ser o recreio das crianças para sempre". Ele estava realmente arrependido do que tinha feito.
Assim, desceu as escadas e abriu a porta da frente muito devagar, e foi lá para fora para o jardim. Mas quando as crianças o viram, ficaram tão assustadas que fugiram, e no jardim voltou a ser Inverno. Só o menino não fugiu, pois os seus olhos estavm tão cheios de lágrimas que não viu o Gigante aproximar-se. Ao chegar ao pé dele, o Gigante tomou-o gentilmente na sua mão e colocou-o na árvore. A árvore floriu imediatamente, e os pássaros vieram e cantaram, e o menino esticou os braços, rodeou o pescoço do Gigante e beijou-o. E as outras crianças, quando viram que o Gigante já não era mau, vieram a correr, e com elas a Primavera. "Este jardim agora é vosso, meninos", disse o Gigante, e agarrou numa picareta grande e deitou o muro abaixo. E quando as pessoas passaram para o mercado, às doze horas, encontraram o Gigante a brincar com as crianças no mais bonito jardim que já alguma vez tinham visto.
Brincaram durante todo o dia, e à tardinha vieram ter com o Gigante para lhe dar as boas-noites.
"Mas onde está o vosso pequeno companheiro?", perguntou ele: "o menino que eu coloquei na árvore"? O Gigante gostava mais dele porque ele tinha-o beijado.
"Nós não sabemos", responderam as crianças; "foi-se embora".
"Digam-lhe para vir amanhã, sem falta", disse o Gigante. Mas as crianças disseram que não sabiam onde é que ele morava, e que nunca o tinham visto antes; e o Gigante sentiu-se muito triste.
Todas as tardes, depois da escola acabar, as crianças vinham brincar com o Gigante. Mas o menino de quem o Gigante mais gostava, não tornou a aparecer. O Gigante era muio amável para todas as crianças, mas tinha saudades do seu primeiro amiguinho, e falava nele muitas vezes. "Como eu gostava de o ver!" costumava dizer.
Os anos passaram e o Gigante ficou muito velho e fraco. Já não podia brincar, e por isso, sentava-se num enorme cadeirão a observar as crianças nos seus jogos e, a admirar o seu jardim. "Eu tenho flores muito bonitas", dizia ele, "mas as crianças são as mais bonitas de todas".
Numa manhã de Inverno, olhou pela sua janela enquanto se vestia. Agora, já não odiava o Inverno, pois sabia que era apenas a Primavera a dormir e as flores a descansar.
De repente, esfregou os olhos maravilhado, e olhou, e tornou a olhar lá para fora. Era realmente, uma visão maravilhosa. No canto mais afastado do jardim estava uma árvore toda coberta de flores brancas. Dos seus ramos dourados pendiam frutos prateados, e por baixo da árvore estava o menino de quem o Gigante mais gostava.
O Gigante desceu as escadas a correr, cheio de alegria e saiu para o jardim. Atravessou a relva rapidamente e chegou ao pé da criança. Quando se aproximou, a sua cara ficou vermelha de raiva e perguntou: "Quem se atreveu a magoar-te?", pois nas palmas das mãos da criança viam-se as marcas de pregos, e nos seus pezinhos também se viam as mesmas narcas.
"Quem se atreveu a magoar-te?" gritou o Gigante; "diz-me para eu poder pegar na minha espada e matá-lo."
"Não!" respondeu a criança; "pois estas são as feridas do Amor."
"Quem és tu?" perguntou o Gigante, ai mesmo tempo que um respeito estranho se apoderou dele e o fez ajoelhar-se perante a criancinha.
E a criancinha sorriu para o Gigante e disse-lhe:" Um dia deixaste-me brincar no teu jardim; hoje virás comigo para o meu jardim, que é o Paraíso."
E nessa tarde, quando as crianças correram para o belo jardim, encontraram o Gigante morto debaixo da árvore, todo coberto de flores brancas.“O Gigante Egoísta” de Óscar Wilde
Ilustrações de P.J.Lynch

Planta do PÉ

por: Cristina Henriques

Esboços para Aurora

por: Cristina Henriques

Esboços para Aurora

por: Cristina Henriques

Esboços para Aurora

por: Cristina Henriques

Esboços para Aurora

por: Cristina Henriques

Esboços para Aurora

por: Cristina Henriques

Esboços para Aurora

por: Cristina Henriques

A Mafalda

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

"Vermelho"

-"I love you my sweet strawberry"
Auda
foto: Cristina Henriques

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

A Aurora



Pode ser. Sim, pode ser Aurora. Tinha pensado numa série de nomes, mas Aurora soa-me bem. Soa-me a meiguice. A uma sensibilidade avassaladora.


Mas, afinal quem é esta Aurora?


Uma mulher. Penso que deve ser mãe. Ser mãe torna-a mais bonita, uma mulher mais mulher.


Como mãe já experimentou sensações magnificas... sensações de extremo prazer. Sensações que não são passíveis de serem descritas.


Como mulher, a Aurora não é fisicamente atraente. É uma mulher. Apenas uma mulher.

estudo de "inferiorIDADE", por Cristina Henriques

"- Que queres? Diz-me o que queres?"- sussura a um ouvido amante -"Eu, só quero ser tua!"

Perder o amor próprio...

Jamais imaginei que o primeiro texto do blog fosse este. Detesto este tema. Faz-me tremer...mas as circunstâncias assim o ditaram. Amor próprio? Que seja.

Ficar nu. Sim, ficamos nus quando perdemos este tipo de amor.
Despidos de uma armadura que nos protege e esconde o nosso lado mais patético.
Queria ser um extraordinário gladiador. Alguém que veste a alma, e o seu coração, com uma indumentária impenetrável e invencivel. Um gladiador que só perde o amor por si quando morre na areia fria da arena.
Detesto esta honestidade que nos leva a revelar a frigilidade que há em nós. Fragilidade que se traduz numa palavra, num toque ou num olhar. A vulnerabilidade que daí resulta leva-nos a ansiar desesperadamente um lugar onde nos possamos sentir seguros, como no calor dum ventre.
Perder o amor próprio é fugir da nossa imagem no espelho.

Violeta
21-01-09

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

"Maternidade"



O sabor de ser mãe é indescritível.

"Duca"



A metáfora da mulher FORTE é a que melhor define a Duca.
Entre a Paz inquieta do campo e a inquieta Paz da cidade, a Duca habita na minha vida de um modo sereno.
A estrada da vida pode levar-nos para pólos opostos, mas os caminhos da amizade unir-nos-ão sempre.