sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Carta a Alex

"...Às vezes, de noite, tenho muito medo, e gostava que estivesses ao meu lado para não me deixares ser tão medricas e para me dizeres que gostas de mim como dantes, como no último Dezembro, embora eu seja uma "coisa fácil", não sou, Alex? Tens de começar a gostar das coisas fáceis... Eu gostava de ser ainda mais fácil, uma coisinha pequena que levasses sempre no bolso, sempre, sempre... Alex, escreve-me depressa e, mesmo que não seja verdade, diz-me que me queres e que não podes viver sem mim...
A tua menina, miúda ou mulher, ou aquilo que tu quiseres.


Frieda"
(carta de Frida Kahlo a Alejandre Arias, 24 de Dezembro de 1924)

Foto: Nickolas Muray

1 comentário:

  1. Lembrei-me de Yourcenar. Há tanto tempo que não me lembrava da escrita dela que até sinto remorsos. «Tu já não me amas. Se consentes em ouvir-me durante uma hora é porque somos sempre indulgentes com aqueles que vamos deixar. Ligaste-me e agora desligas-me. Não te censuro... O amor de alguém é um presente tão inesperado e tão pouco merecido que devemos espantar-nos que não no-lo retirem mais cedo... Não te enganes sobre as minhas lágrimas: vale mais que os que amamos partam quando ainda conseguimos chorá-los.»
    É tão lindo o teu blogue Violeta.

    ResponderEliminar