“A fortaleza de Peniche (para a qual se entra por uma poterna – o túnel do Revelim -, a que se segue uma ponte fixa de alvenaria de quatro arcos, seguida de outra, igualmente fixa, que ainda no século passado sustentava um chão de pranchas de madeira correspondente à antiga ponte levadiça, com um vão de 4,5 metros), imponente nas suas cortinas e no recorte defensivo dos seus merlões, canhoeiras e guaritas, relativamente bem conservados e onde o Redondo se destaca como o primeiro testemunho das defesas da antiga ilha e o motor do desenvolvimento da povoação, foi, depois de reconhecida, face às novas técnicas castrenses, a sua inoperacionalidade militar, abrigo temporário de refugiados espanhóis, brasileiros e boers, residência fixa de prisioneiros alemães durante a I Grande Guerra Mundial, prisão política do Estado Novo durante mais de quarenta anos e, após a revolução do 25 de Abril, de alguns responsáveis pela ditadura e elementos da extinta Direcção Geral de Segurança e, depois ainda, abrigo de retornados das antigas colónias, sendo actualmente, sede de um Museu Municipal e centro de outras actividades culturais.”
Mariano Calado
Foto: Cristina Henriques
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