sexta-feira, 25 de outubro de 2013

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Fecho os olhos e, no silêncio interior, sinto as saudades consumirem-me.
Tem um nome este estar, mas há muito que deixei do aceitar. Finjo.
As vezes choro, ainda que esteja proibida do fazer, talvez por isso o faça escondida de mim mesma. O dia de ontem nasceu com a euforia típica dum enfermo, mas que se desfez. Na madrugada já tinha voltado a um estar melancólico, como a chuva que, ansiosamente, não parava de cair.
Eu gosto de ti, entendi isso numa noite de primavera invernosa e fria.
Sei há muito que tudo não passa de agonia, ditou-mo a tua franqueza que admiro e me deixa segura.
Se tudo isto não te incomodar, eu mantenho a minha paixão.
 
Violeta