Presépio Freguesia Moledo, concelho Lourinhã
sexta-feira, 25 de dezembro de 2009
segunda-feira, 21 de dezembro de 2009
Silêncio e braços
Regressei por momentos ao Pavilhão Atlântico e voltei a ouvir David Gahan cantar qualquer coisa como Enjoy the silence. Poderá existir uma segunda oportunidade, para que possa corrigir a minha atitude de total apatia pela mesma música no concerto do passado dia 14 de Novembro? A cena: tudo num êxtase enorme de braços no ar a cantar algo como:
“palavras como violência quebram o silêncio, vêm e destroem o meu pequeno mundo, Penoso para mim perfura-me, tu não consegues entender, oh minha pequenina, tudo o que eu sempre quis, tudo o que eu sempre precisei, está aqui nos meus braços, palavras são bem desnecessárias, elas só poderão magoar, promessas são feitas, para serem quebradas, emoções são intensas, palavras são insignificantes, os prazeres ficam, e a dor também, palavras são sem sentido, e são esquecíveis, tudo o que eu sempre quis, tudo o que eu sempre precisei, está aqui nos meus braços.”
Enquanto ouvia a música no Pavilhão, e olhava para aquele tipo de cinquenta anos fazer uma incrível performance no palco, pensava: “Deve ser tão bom sentir aquilo. Tão bom. Eu sou feliz quando tenho as miúdas nos meus braços. Muito feliz. Adoro quando chego e vejo a “pipoca” vir ter comigo à garagem com os braços abertos – “mãe, adoro-te e tive saudades tuas” – ou quando a “mermaid” olha para mim com aquele ar seríssimo (que só ela sabe fazer), abraça-me e diz “não te preocupes, vai correr tudo bem. Nós estamos aqui para te ajudar.” São momentos de pura magia. Adoro o silêncio que ouço nos braços delas. Delicioso. No entanto, não é desse tipo de abraço que o Gahan está a falar. De todo. E esse, não tenho. Por isso, não me manifesto. Vou ficar aqui, teimosa, e não vou me mexer. Disse.”
Mas … e se existirem uns quaisquer braços? Algures. E os meus braços… com alguém?... outra vez. As palavras de Gahan ...até podem fazer sentido. Todo. Pode haver tanto para dizer, mas deve existir ainda mais para ouvir …no silêncio.
“palavras como violência quebram o silêncio, vêm e destroem o meu pequeno mundo, Penoso para mim perfura-me, tu não consegues entender, oh minha pequenina, tudo o que eu sempre quis, tudo o que eu sempre precisei, está aqui nos meus braços, palavras são bem desnecessárias, elas só poderão magoar, promessas são feitas, para serem quebradas, emoções são intensas, palavras são insignificantes, os prazeres ficam, e a dor também, palavras são sem sentido, e são esquecíveis, tudo o que eu sempre quis, tudo o que eu sempre precisei, está aqui nos meus braços.”
Enquanto ouvia a música no Pavilhão, e olhava para aquele tipo de cinquenta anos fazer uma incrível performance no palco, pensava: “Deve ser tão bom sentir aquilo. Tão bom. Eu sou feliz quando tenho as miúdas nos meus braços. Muito feliz. Adoro quando chego e vejo a “pipoca” vir ter comigo à garagem com os braços abertos – “mãe, adoro-te e tive saudades tuas” – ou quando a “mermaid” olha para mim com aquele ar seríssimo (que só ela sabe fazer), abraça-me e diz “não te preocupes, vai correr tudo bem. Nós estamos aqui para te ajudar.” São momentos de pura magia. Adoro o silêncio que ouço nos braços delas. Delicioso. No entanto, não é desse tipo de abraço que o Gahan está a falar. De todo. E esse, não tenho. Por isso, não me manifesto. Vou ficar aqui, teimosa, e não vou me mexer. Disse.”
Mas … e se existirem uns quaisquer braços? Algures. E os meus braços… com alguém?... outra vez. As palavras de Gahan ...até podem fazer sentido. Todo. Pode haver tanto para dizer, mas deve existir ainda mais para ouvir …no silêncio.
Violeta
Marc Chagall
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